Projeto de Investigação da Prática de Intervenção e Performances Interativas ou, melhor dizendo, o PiPiPi. Assim é porque foi necessário criar uma definição e, então, ainda resta dizer que isso é um braço do mundialmente famoso PIU, de Pequenas Intervenções Urbanas.
Nosso objetivo é transformar o concreto em arte, a calçada em palco, acabar com a monotonia da passagem e da paisagem ou qualquer outro clichê que se aplique ao tema. Mas sempre sem clichês.
E o blog? - pergunta alguém que não sofre da inabilidade de chegar ao ponto. O blog é nossa pesquisa aberta de referências, ainda esperando o momento de se tornar ele próprio a referência.
Afinal, como diria o Martin Luther King, "É preciso dramatizar".

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Enciclopédia de Artes Visuais

Encontrei no site do Itaú Cultural uma enciclopédia de artes visuais. Eles dão algumas definições... é algo um pouco formalzinho, mas dá algumas referências e nomes importantes e é um começo para quem parte do zero.

Vejam lá: Enciclopédia de Artes Visuais defindo perfomance.

Performance:

Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público.

Os happenings são gerados na ação e, como tal, não podem ser reproduzidos. O seu modelo primeiro são as rotinas comuns e, com isso, eles borram deliberadamente as fronteiras entre arte e vida. Nos termos de Kaprow: 'temas, materiais, ações, e associações que eles evocam, devem ser retirados de qualquer lugar menos das artes, seus derivados e meios'. Uma 'nova arte concreta', propõe o artista, no lugar da antiga arte concreta abstrata, enraizada na experiência, na prática e na vida ordinária, matérias-primas do fazer artístico. Os happenings, de acordo com Allan Kaprow, são um desdobramento das assemblages e da arte ambiental, mas ultrapassa-as pela introdução do movimento e por seu caráter de síntese, espécie de arte total em que se encontram reunidas diferentes modalidades artísticas - pintura, dança, teatro etc. A filosofia de John Dewey, sobretudo suas reflexões sobre arte e experiência, o zen budismo, a música experimental de John Cage, assim como a action painting de Jackson Pollock (1912-1956) são matrizes fundamentais para a concepção de happening.

Site Specific:

Obras criadas de acordo com o ambiente e com um espaço determinado. Trata-se, em geral, de trabalhos planejados - muitas vezes fruto de convites - para um certo local, em que os elementos esculturais dialogam com o meio circundante, para o qual a obra é elaborada. Nesse sentido, a noção liga-se à idéia de arte ambiente que sinaliza uma tendência da produção contemporânea de se voltar para o espaço - incorporando-o à obra e/ou transformando-o -, seja ele o espaço da galeria, o ambiente natural ou as áreas urbanas. Relaciona-se também de perto à chamada land art (arte da terra) que inaugura uma nova relação, nesse caso, com o ambiente natural. Não mais paisagem a ser representada, nem manancial de forças passível de expressão plástica, a natureza é aí o locus mesmo onde a arte se enraíza. O espaço físico - desertos, lagos, canyons, planícies e planaltos - apresenta-se como campo onde os artistas realizam intervenções precisas, por exemplo em Double Negative [Duplo Negativo], 1969, em que Michael Heizer (1944) abre grandes fendas no topo de duas mesetas do deserto de Nevada, ou em Spiral Jetty [Pier ou Cais Espiral], que Robert Smithson (1938 - 1973) constrói sobre o Great Salt Lake, em Utah, Estados Unidos, 1971.

Um comentário:

  1. O zen budismo... que engraçado porque lendo todas as definições e o material que foi postado aqui, o que mais me chamou a atenção foi a sensação de estranhamento da realidade que a performance provoca. Uma ruptura com o sistema usual das coisas, daí lembrei dos retiros de yoga e meditação que tenho participado (que me provocaram essa sensação de estranhar coisas que temos como norma, extremamente cotidianas e triviais). Nada se cria...

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